O 8M foi de luta na comunidade de Caranguejo Tabaiares. Foi dia de caminhar pela comunidade, e nos reconhecer na luta cotidiana pela vida das mulheres e pela sobrevivência. As participantes levaram cartazes com mensagens importantes sobre os direitos das mulheres, com frases que enfatizam a necessidade de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, feminicídios e violência doméstica. Caminhamos pelos becos e ruas dentro e fora de Caranguejo a fim de mostrar o cansaço por intermináveis horas de trabalho e para reclamar nosso direito de permanecer e defender o nosso território tão desejado pelo capitalismo e a especulação imobiliária.
Para a economista Rita Maria da Silva Passos – que trabalha há 20 anos na área socioambiental – a hegemonia de um ambientalismo branco faz com que impactos ao meio ambiente não estejam sendo racializados. “A gente fala de mudanças climáticas, e alguém diz: ‘viu o que aconteceu na Inglaterra?’. Por que não fala ‘viu o que acontece há anos na África, na Ásia, no Brasil’? Falar de racismo ambiental é politizar o meio ambiente para racializar a questão”, afirma a especialista em sociologia urbana e doutoranda em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ).
Desde una comunidad en el corazón de la crisis climática, la lideresa guaraní Mariela Melgar Ibáñez cree que las mujeres indígenas tienen la clave para resolver la crisis climática. “El mundo debe conocer nuestras formas de vida y el rol que tenemos dentro de el cuidado del medio ambiente; Las mujeres somos fundamentales, luchamos por el territorio.”
O racismo e o machismo estão presentes em todas as esferas da sociedade. Na cultura, na política, na educação, na saúde. A distribuição de bens e serviços é racista, a construção das cidades é racista. No Entanto, na tentativa de ir contra isso, as mulheres se organizam coletivamente construindo alternativas outras para viver nas cidades e ocupar espaços que historicamente nos foram negados
Às vésperas da folia do Momo, enquanto blocos e escolas de samba iniciam seus ensaios, já há quem debata sobre o uso indevido de símbolos culturais no Carnaval. O tema da apropriação cultural, geralmente, vem à tona nesta época do ano. Mas não se resume apenas na questão de usar ou não um cocar como fantasia. Vale aproveitarmos este momento para refletir como ele é um dos muitos elementos que fazem parte dos conflitos socioambientais e é um dos muitos obstáculos a um desenvolvimento com justiça ambiental e climática. O assunto é complexo e não é somente cultural, também é político.
Na semana do Dia Mundial de Luta pelos Atingidos por Barragens, especificamente neste 14 de março, é preciso refletir sobre o problema pela ótica do racismo ambiental. A iminência de mais um “acidente” ao redor de algumas barragens de mineração é como a espada de Dâmocles. Na mitologia grega, em uma anedota moral, a arma mortal está pendurada acima da cabeça desse conselheiro da corte de Dionísio, presa apenas por um fio de crina de cavalo. Em algum momento irá romper, o que poderá ceifar-lhe a vida.
Desde 2021 a los indígenas ese ejjas de la comunidad Eyiyoquibo les espera un bosque amazónico otorgado por el INRA. Después de varios reencuentros fallidos, un día caloroso, los comunarios más decididos de la comunidad emprendieron un viaje sinuoso hacia dónde un día fue hábitat de sus ancestros. Cuando llegó el atardecer, sin embargo, todos se montaron a los camiones empolvados con el mismo ahínco de ida. Es que para habitar el bosque y recuperar la cultura también se necesitan servicios básicos.
Esta semana, los cruceños sufrieron la peor crisis climática y ambiental. La alta contaminación del aire por el humo de los incendios obligó a las autoridades a suspender las clases en más de 3.600 escuelas y colegios. Durante tres días consecutivos, en horas pico, el termómetro marcó por encima de 40° C, algo sin precedentes en la urbe cruceña. A razón de estos hechos, el comité de emergencia declaró “alerta roja sanitaria” y se multiplicaron los pedidos para buscar y sancionar a los culpables.
Como uma agrimensora em um escritório de terras rural na Colômbia superou desafios para se encontrar em uma carreira dominada por homens.
How a land surveyor in a rural Land Office in Colombia has overcome challenges to find herself in a career dominated by men.
No dia 22 de setembro, um grupo de coletivas e movimentos organizados se uniram em apoio à resistência de Caranguejo Tabaiares Resiste para a reorganização da horta comunitária, que cultivaram com grande esforço durante a pandemia de COVID-19. Essa horta é um símbolo da luta pela autonomia alimentar dessa comunidade que se auto-organiza e resiste por meio de ações que vêm sendo promovidas pelo Coletivo Caranguejo Tabaiares Resiste ao longo dos anos. A horta é memória ancestral, semente, cultivo e cura. Caranguejo Tabaiares é a semente e a raiz das lutas do passado que se projetam no presente. A horta e o trabalho comunitário de cultivo fazem parte de uma batalha para garantir alimentos saudáveis e medicinais nesta comunidade, cuja ancestralidade provém de povos ricos e abundantes. Desde a Revista Amazonas e vários coletivos, nos unimos em apoio e solidariedade as nossas irmãs e irmãos de Caranguejo Tabaiares Resiste.
Um dos vídeos mais compartilhados nas redes sociais do ClimaInfo recentemente foi: “E se fossem crianças brancas e ricas mortas? Ao invés das yanomanis?“. Apesar da comoção contra esse genocídio, uma conhecida atriz brasileira ironizou, colocando em dúvida os casos de desnutrição severa envolvendo essa comunidade indígena. Será que ela falaria isso se os olhasse como alguém semelhante a ela? Enquanto isso, a Folha havia publicado o artigo “Chove mais no Jacarezinho”, no qual o advogado Thiago Amparo conclui que o racismo ambiental nos desafia a não somente perguntar se vai chover hoje, mas sobre a cabeça de quem.