A agricultura familiar em Moçambique constitui a actividade económica que ocupa grande parte da população, podendo alcançar mais de 75% dos cidadãos.
Os sistemas de produção “tradicionais ” sofreram, ao longo de décadas, diferentes níveis de transformação em consequência da intensidade de penetração do capital no meio rural, sobretudo o agrário e o comercial e o da extracção de recurso naturais. A urbanização, motivada por diferentes razões, económicas e não-económicas, tem provocado êxodos de diferentes dimensões sem serem acompanhados das transformações estruturais que permitam o aumento da produção e produtividade, para suprir a demanda de alimentos das cidades, o que é agravado por taxas de crescimento populacional, geralmente elevadas . Não só não houve mudanças estruturais na agricultura, como não houve um processo de industrialização que gerasse emprego para absorção do aumento demográfico. Em consequência, desenvolve-se uma economia informal, primeiro nas cidades e depois no campo.
Autores y editores
João Mosca
O CEsA - Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina é uma unidade de investigação do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa. Está vocacionado para o estudo do desenvolvimento económico e social nos países em desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, mas com uma ênfase particular no estudo dos países de língua portuguesa, China e Ásia-Pacífico, assim como Brasil e outras economias do Mercosul.
O ISEG tem por missão a criação, transmissão e valorização social e económica do conhecimento e da cultura nos domínios das ciências económicas, financeiras e empresariais, num quadro de pluralidade e de garantia de liberdade intelectual e científica, de respeito pela ética e de responsabilidade social.