Quelimane: Cidade moçambicana resultado da transposição urbana europeia ? | Land Portal
Author(s): 
Lígia Anjos
Language of the news reported: 
portugués

Foto: A Verdad/Flickr

A RFI leva a cabo uma serie de reportagens intituladas Façamos História e esta terça-feira, 6 de Dezembro, vamos percorrer um pouco da história de Moçambique com o geógrafo e gestor ambiental, João Carlos Lima. O geógrafo moçambicano descreve a construção urbanística de Quelimane como "um resultado de uma transposição urbana europeia".

"Quem olha para Quelimane e para várias outras cidades moçambicanas, e isso acontece, provavelmente, em todo os países em África, reconhece a transposição de uma malha urbana europeia por causa da ocupação colonial. Vemos a construção de casas e edifícios paralelos às estradas. Quanto mais fluxo de tráfico houver, mais elas [as estradas] são alargadas. Quando se entra para os subúrbios começa a surgir uma nova ordem porque não há carros para circular no bairro. Muitas pessoas usam motorizada, bicicleta ou andam a pé", descreve o geógrafo.

João Carlos Lima recorda alguns conflito que surgiram entre saberes. Por um lado, existe "um saber ocidental, trazido pelo sistema colonial que se reflectiu na mercadorização da terra e, por outro lado, o saber local, que aponta a terra como propriedade do divino. Os homens podem usufruir essa terra e esta é a mesma base filosófica da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), quando ganha o poder, conquista a independência. Este partido utilizou a terra como sendo do Estado", aponta.

Os prazos da coroa foram uma forma de ocupação do espaço, estratégia adoptada pela colonização portuguesa em Moçambique, que passava por "trazer um condenado de Portugal, homem, branco, que vinha a África cumprir a pena. Se ele aceitasse a condição de estar no prazo da coroa, ele teria de casar com a filha de um líder local. Esta relação de casamento entre homem português e menina filha ou sobrinha do rei ou chefe do povoado criava laços de familiaridade. Esta relação começou a enfraquecer o poder local para abrir espaço aos portugueses. Isto ficou aqui na Zambézia e talvez seja um dos poucos espaços onde existe muita mestiçagem".

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