Fonte: Dinheiro Vivo/Lusa
Foto: Primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada. Fotografia: D.R.
12.06.2016 / 14:33
São Tomé e Lisboa assinam este mês cooperação de 43,5 milhões de euros
Portugal e São Tomé e Príncipe assinarão ainda este mês o novo Programa Estratégico de Cooperação (PEC) para quatro anos, avaliado em cerca de 43,5 milhões de euros, afirmou o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada. “Eu espero que [durante o] mês de junho possamos assinar o Programa Estratégico de Cooperação”, disse o chefe do executivo são-tomense. O primeiro-ministro que falava durante o lançamento das obras de construção de um novo mercado de peixe que vai ser erguido em Bobo Forro, cerca de três quilómetros da capital, referiu-se sobre “alguma preocupação” das autoridades relativas ao atraso na assinatura deste novo PEC. “Há seis meses que o programa devia [ter sido] assinado, é um programa que corre de 2016 a 2020, daí que pode haver ainda alguma preocupação porque o programa ainda não foi assinado, mas os programas em curso estão assegurados, foram prorrogados para seis meses”, explicou. O Programa Indicativo de Cooperação (PIC), agora designado de Programa Estratégico de Cooperação (PEC) em vigor abrange um período de quatro anos (2012-2015). Foi assinado em Lisboa, a 27 de novembro de 2013, pelo então Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete e pela Ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de S. Tomé e Príncipe, Natália Umbelina. Tem um envelope financeiro de 43,5 milhões de euros e estabeleceu como eixos prioritários de cooperação a boa governação, participação e democracia e o desenvolvimento sustentável e a luta contra a pobreza. O próximo programa vai dar prioridade a áreas como saúde, educação, proteção social, defesa e administração interna, setores onde, segundo a embaixadora portuguesa na capital são-tomense, Paula Silva, Portugal quer ver “reforçada, redinamizada e aprofundado o relacionamento com São Tomé e Príncipe”. Na área da saúde, os dois governos implementam o programa “Saúde para Todos” que abrange 23 especialidades médicas, cirúrgicas e de apoio ao diagnóstico. Oftalmologia, otorrinolaringologia, imagiologia, laboratorial, medicina interna, medicina pediátrica, ortopédica, formação e investigação científica contam-se entre as diversas componentes deste projeto. “Dentro do programa estratégico de cooperação continuará seguramente, com todas as garantias “Saúde para Todos”, porque são as áreas de concentração que nós temos com a cooperação portuguesa”, garantiu o chefe do executivo são-tomense. Refere-se que apenas ao nível de oftalmologia, missões médicas portuguesas que se deslocam a São Tomé em cada 90 dias já realizaram mais de 10 mil consultas e efetuaram pelo menos 1500 cirurgias de oftalmologia a pacientes são-tomenses de diversas idades.
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