Um programa de conservação da biodiversidade e florestas dos países da África Central, financiado em nove milhões de dólares (8,2 milhões de euros) pelo Banco Mundial, União Europeia e Agência Francesa de Desenvolvimento, foi lançado em São Tomé.
A coordenadora sub-regional deste programa, a portuguesa Mariana Carvalho, explicou na ocasião que o programa envolve 11 países da África Central e Ocidental, incluindo São Tomé e Príncipe, e destina-se "a apoiar, capacitar e reforçar estruturas comunitárias na participação e gestão das áreas protegidas, dedicada a espécies únicas e criticamente ameaçadas".
"A floresta e a qualidade da floresta e da biodiversidade influenciam em muito a vida das pessoas embora não seja às vezes muito óbvio, mas principalmente as populações mais pobres que são aquelas que são sempre as mais vulneráveis a todo o tipo de choques ambientais, sociais", disse Mariana Carvalho.
Concebido para cinco anos, o programa pretende igualmente dotar as organizações não-governamentais de recursos para "estabelecer e manter múltiplas parcerias que demonstrem modelos de crescimentos sustentável".
"Aquilo que nós esperamos é que haja alguma motivação e força e envolvimento das várias organizações da sociedade civil para levar para frente propostas concretas de integração e de influência nas políticas públicas e nas decisões relativamente ao setor privado", explicou a coordenadora do programa.
Enquanto estrutura representativa da sociedade civil, a Federação são-tomense das Organizações Não-governamentais (FONG-STP) congratulou-se com o lançamento do programa no arquipélago.
"A Fong tem estruturas muito bem entrosadas nessa abordagem e esperemos que as nossas ONG possam aproveitar essa oportunidade para participar nesse processo que visa, sobretudo, a proteção do meio ambiente que é hoje uma questão recorrente e está na agenda nacional e internacional", disse o presidente da Fong, Eduardo Elba.
Este programa é executado por uma equipa regional liderada pela BirdLife Internacional.