Moçambique: Na exploração do gás ONGs acusam Governo de se colocar ao lado das multinacionais | Land Portal
Há comunidades que estão a perder a terra, sem nehuma compensação, para dar lugar a projetos de exploração de gás natural na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
 
A denúncia é das Organizações Não Governamentais (ONG) que têm estado a auscultar comunidades em Palma, na esteira do desenvolvimento de projetos de gás naquela região.
 
A ativista Alda Salomão, do Centro Terra Viva, entende que estas comunidades não estão a ser parte das reflexões do desenvolvimento de Moçambique.
 
"Elas estão a ser os grupos mais penalizados, principalmente as comunidades que estão a ser reassentadas. involuntariamente. Então, são os grupos mais penalizados por causa destes projetos”, revela Alda Salomão.
 
E história se repete...
 
A Justiça Ambiental, outra ONG, diz que o mesmo cenário de Cateme, em Tete, no centro de Moçambique, está agora a repetir-se na região de Palma.
 
Anabela Lemos, colaboradora da organização, argumenta que o Governo e as empresas que operam naquela área não estão a cumprir as promessas feitas.
 
"A realidade é outra. Antes de serem realocadas já estão a sentir isso na pele. As pessoas já estão a queixar-se, a companhia prometeu trabalho, prometeu terras iguais, a mesma dimensão da terra e nada disso está a acontecer”, denuncia Anabela Lemos.
 
A ONG RISC também constatou irregularidades em que, segundo disse Hélio João, representante da ONG, o Governo coloca-se do lado das companhias.
 
 "Nestas negociações o Estado nem deveria estar ao lado das companhias. Mas se não está ao lado das comunidades pelo menos que venha criar um equilíbrio para, que tanto as comunidades assim como as multinacionais encontrem um bom senso”, defende Hélio João.
 
Relação entre problemas da comunidade e ataques armados
 
Há mais de um ano que Cabo Delgado tem sido palco de ataques protagonizados por homens armados ainda não identificados. Alda Salomão, do Centro Terra Viva, não tem dúvidas em relação a este caso: "É uma absoluta desorientação e desestruturação e certamente que o sentimento dessas famílias deve ser de desespero e de total falta de perspetivas."
Anabela Lemos, da Justiça Ambiental, questiona o duplo sacrifício que as comunidades de Cano Delgado enfrentam: "Porque de repente começaram os conflitos quando os investimentos começaram. É tudo muito estranho e acho que tem de ser uma pessoa que analise e que se informe o que se passa.”
 
Estas constatações foram apresentadas num debate, realizado nesta quinta-feira (07.12.) sobre os impactos das atividades de exploração de gás nas comunidades de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
 

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