Guiné-Bissau leva projecto de resiliência em Gabu e Bafatá à COP 27 | Land Portal

Foto: FelicityFeinman/Wikimedia Commons

A Guiné-Bissau apresenta, em Sharm el Sheikh, na COP 27, as experiências “bem-sucedidas” no campo da mitigação às alterações climáticas. Viriato Soares Cassamá sublinha a importância para os países africanos da discussão “das perdas e danos” e também do financiamento. 

A Guiné-Bissau apresenta na cidade de Sharm el Sheikh, na COP 27, as experiências “bem-sucedidas” no campo da mitigação às alterações climáticas. A delegação é chefiada pelo Presidente guineense, Umaro Sissoko Embaló, que no início da Convenção do Clima marcou presença no Egipto, na condição de "campeão" dos países menos avançados. A delegação guineense é composta por duas dezenas de técnicos ligados ao ambiente, entre eles o ministro do Ambiente e Biodiversidade, Viriato Soares Cassamá.

Ao microfone da RFI, Viriato Soares Cassamá sublinhou que a Guiné-Bissau apresenta no Egipto acções que têm vindo a ser levadas a cabo no país para mitigar as consequências das alterações climáticas.

“Tivemos um projecto que foi implementado entre 2011 e 2017, cujo título é “Projecto de reforço da resiliência e da capacidade de adaptação dos sectores agrário e hídrico às alterações climáticas na Guiné-Bissau”, este projecto visa reforçar os dois grandes sectores, agricultura, florestas e pecuária e o sector dos recursos hídricos, concretamente na gestão de água. 

Apesar das vicissitudes das alterações climáticas, na Guiné-Bissau “ainda chove muito”, todavia “grande parte da água que cai não é aproveitada. Neste projecto, tivemos uma experiência de captação e armazenamento das águas pluviais na época das chuvas, que posteriormente serviram para a agricultura e pecuária na época da estiagem.” 

O projecto-piloto foi concebido para 18 “tabancas” (aldeia) acabou por ser alargado a 200 “tabancas” e nessa região notou-se uma redução do “tempo de penúria alimentar”.  

Este projecto foi levado a cabo na região de Gabu e acabou por ser alargado a Bafatá, no leste do país. 

Viriato Soares Cassamá sublinha a importância para os países africanos na discussão da questão “das perdas e danos” e também do financiamento: "Há um preceito máximo da Convenção Quadro das Nações Unidas que é o princípio da responsabilidade comum mas diferenciado. Os países ricos, os países mais desenvolvidos que têm a máxima responsabilidade no aquecimento global devem assumir os seus compromissos”.

Todavia, 30 anos após a realização da primeira Convenção do Clima, continua a ser mais fácil a obtenção de financiamento para energias fósseis do que para energias limpas, questionado sobre esta situação o ministro guineense do Ambiente e Biodiversidade apela a “um esforço global” e “eleger como prioridade as energias limpas e renováveis”, sem descurar os fósseis, na medida em que tem que existir uma transição energética sustentável.

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas decorre até dia 18 de Novembro, em Sharm el-Sheikh, no Egito.

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