Bissau poderá receber eletricidade de barragem na Guiné-Conacri em 2022 | Land Portal

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje estar confiante de que em 2022 o país comece a receber eletricidade da barragem de Kaleta, na Guiné-Conacri, no âmbito de um projeto que envolve quatro países da sub-região.

Umaro Sissoco Embaló falava hoje aos jornalistas à margem de uma visita que efetuou às subestações, em Bissau, por onde vai passar a eletricidade produzida na barragem de Kaleta, no quadro do projeto da Organização de Valorização e Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia (OMVG, na sigla em inglês) que engloba a Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Gâmbia e Senegal.

Pelas informações recebidas, o Presidente guineense disse que o país já cumpriu com 87% dos trabalhos de construção de quatro subestações nas localidades de Saltinho, no sul, Bambadinca, no leste, Mansoa, no centro, e em Bissau, de onde a eletricidade vai ser distribuída para toda a Guiné-Bissau.

"Os trabalhos que faltam deverão estar prontos até agosto e já em dezembro de 2022 o país terá a eletricidade vinda da barragem", disse o chefe de Estado, salientando que a Guiné-Bissau vai libertar-se da falta de eletricidade, que "é um fator de desenvolvimento".

Um responsável do projeto disse ao Presidente que as dificuldades do momento prendem-se com as exigências de indemnização da população nas localidades por onde vão passar os cabos de alta tensão para autorizarem que os seus terrenos sejam utilizados.

Umaro Sissoco Embaló enalteceu o facto de o Banco Mundial ter disponibilizado cerca de três mil milhões de francos CFA (cerca de 4,5 milhões de euros) para custear as indemnizações, mas realçou que "os trabalhos não podem ser bloqueados por ninguém" e anunciou que vai orientar o Governo para "usar de todos os meios" para que o projeto possa avançar.

"A terra pertence ao Estado, os trabalhos não podem ser bloqueados por causa de indemnização de pessoas que dizem ter a terra", advertiu Sissoco Embaló.

Com o projeto, a capital guineense vai receber 80 megawatts de eletricidade, quando atualmente necessita de cerca de 30 megawatts.

O projeto foi iniciado em 2017 e deveria durar 18 meses, mas devido aos problemas de indemnização de pessoas e à pandemia da covid-19, só vai terminar em 2022, disse Marcos Mane, um dos responsáveis do projeto pela parte guineense.

O ministro da Energia guineense, Orlando Viegas, congratulou-se com as promessas do Presidente Umaro Sissoco Embaló para ultrapassar os obstáculos para que o projeto possa avançar, até porque, notou, o Senegal e a Gâmbia aguardam pela Guiné-Bissau para fazer a sua interconexão à eletricidade que sai da Guiné-Conacri.

 

 

Copyright © Source (mentioned above). All rights reserved. The Land Portal distributes materials without the copyright owner’s permission based on the “fair use” doctrine of copyright, meaning that we post news articles for non-commercial, informative purposes. If you are the owner of the article or report and would like it to be removed, please contact us at hello@landportal.info and we will remove the posting immediately.

Various news items related to land governance are posted on the Land Portal every day by the Land Portal users, from various sources, such as news organizations and other institutions and individuals, representing a diversity of positions on every topic. The copyright lies with the source of the article; the Land Portal Foundation does not have the legal right to edit or correct the article, nor does the Foundation endorse its content. To make corrections or ask for permission to republish or other authorized use of this material, please contact the copyright holder.