ONU promove resiliência comunitária a choques climáticos na Guiné-Bissau | Land Portal

FAO / Natalia da Luz. Expectativa é que os participantes conheçam os efeitos das mudanças climáticas

Agências da organização e o governo capacitam guineenses em aldeias de Cufada, Tira-Camisa e Atché; sessões nesta semana incentivam a participação de comunidades para atuar de forma antecipada a eventos climáticos.

O Programa Mundial de Alimentação, PMA, e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, capacitam formadores em planificação comunitária participativa no sul da Guiné-Bissau. O foco é identificar soluções de adaptação às alterações climáticas junto com as comunidades afetadas no sul do país.

O Ministério da Administração Territorial é um dos principais parceiros na iniciativa que visa aumentar a resiliência das comunidades vulneráveis em Quinara, Gabu e Cacheu. O financiamento do Fundo de Consolidação da Paz da ONU apoia a mitigação de conflitos por posse de terra e água, agravados pelas alterações climáticas.

Chuvas

As áreas onde vivem os participantes sofrem erosão costeira e intrusão marinha. As causas vão desde a desflorestação e falta de chuvas em algumas áreas. A degradação dos solos e a invasão da água salgada nas zonas de produção de arroz resultam destes fenômenos climáticos.

 O representante do PAM, João Manja, disse à ONU News, em Bissau, que o problema de mudança da biodiversidade deve ser resolvido, conservando os solos enquanto melhor recurso disponível. Outro propósito é afastar os riscos de insegurança alimentar com a formação que identifica projetos de resiliência em 17 comunidades envolvidas na iniciativa.

“Os terrenos que temos não são elásticos, temos muita terra, mas não podemos deixar que a terra vá sendo degradada, erodida em vários sítios, até chegarmos ao ponto em que as pessoas estejam admiradas que produziam uma certa tonelagem de arroz numa certa altura, e agora cada vez produzem menos.”

A formação envolve colaboradores, atores do governo e da sociedade civil. A ênfase está na visão das comunidades, políticas publica e o quadro de cooperação entre as Nações Unidas e a Guiné-Bissau. A ideia é colocar as pessoas no centro da planificação, adequando-a as suas realidades e necessidades.

Diversidade e partilha de conhecimento

A expectativa é que os participantes conheçam os efeitos das mudanças climáticas no país e percebam a relevância de tornar a resiliência um assunto transversal em todos os aspetos da vida. Outra meta é que eles entendam como funciona a questão climática e saibam trabalhar com diversidade, partilhem conhecimento com colaboradores e apliquem a metodologia no terreno.

“Nós temos esta formação porque o quadro de intervenção que chamamos de plano estratégico de longo termo de intervenção do PAM na Guiné-Bissau, vai ser aprovado em novembro, foi trabalhado em colaboração com o governo e outras agências das Nações Unidas.”

O documento deve apoiar o quadro de cooperação entre a ONU e a Guiné-Bissau, elaborado com base no plano nacional de desenvolvimento. As ferramentas reconhecem o impacto das alterações climáticas e a necessidade de trazer à tona a transversalidade da criação de resiliência.

O Pnud incentiva um espaço de consultas, entendimentos e resolução de conflitos, enquanto o Programa Alimentar Mundial lida com as comunidades para melhorar temas como insegurança alimentar e desencorajar possíveis conflitos nas comunidades.

Ao promover comunidades resilientes, o alvo é permitir que as pessoas se adaptem e reconheçam que as mudanças são constantes, contribuam para reduzir a velocidade com que operam e seja melhorado o nível de vida para os indicadores de bem-estar.

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