Santo Antão recebe, a partir deste mês de Março, investimentos a nível da agricultura, na ordem dos 320 mil contos, enquadrados no programa de reconstrução desta ilha, cujo ato de lançamento tem lugar, esta segunda-feira, no Porto Novo.
O ato de hoje, que conta com a presença do diretor-geral da Agricultura, marca o arranque das obras previstas no domínio da agricultura, que consistem na recuperação das infraestruturas hidráulicas e terrenos agrícolas, danificados durante as cheias que fustigaram Santo Antão, em Setembro de 2016.
O Ministério da Agricultara e Ambiente (MAA), no quadro do programa, vai priorizar a execução de dois furos em Ribeira da Cruz, no Porto Novo, e um terceiro furo nos Caíbros, em Ribeira Grande, para normalizar a situação critica, por que passam os agricultores desses vales, em termos de disponibilidade de água para a rega.
As intervenções mais urgentes privilegiam ainda a recuperação da rede de adução de água da barragem de Canto de Cagarra, no vale da Garça, destruída também pela tempestade que se abateu sobe Santo Antão, em 2016.
No caso da Ribeira da Cruz, O delegado MAA no Porto Novo assegurou que a "situação critica" que se vive em Ribeira da Cruz, em matéria de água para a irrigação, poderá ficar normalizada ainda no decorrer do mês de Março.
Joel Barros disse esperar que a reposição do fornecimento de água para rega em Ribeira da Cruz aconteça ainda no primeiro trimestre de 2017. Face à situação crítica que se vive em Ribeira da Cruz a nível de disponibilidade de água para rega, "tudo está a ser feito" para que os trabalhos da execução dos furos se iniciem o mais de depressa possível, segundo este responsável.
Ribeira da Cruz, um dos principais vales agrícolas existentes em Santo Antão, ficou, em Setembro de 2016, aquando das cheias que fustigam a ilha, sem os dois furos que produziam água para a agricultura nessa localidade.
Neste momento, a atividade agrícola nesse vale é assegurada apenas por uma nascente, cujo caudal, segundo os agricultores, está diminuir, antevendo-se para "os tempos mais próximos", dias difíceis para agricultura local, caso não sejam executados os novos furos.