Pelo menos 7 pessoas são assassinadas em conflito por terra em MT (Brasil) | Land Portal

Grupo encapuzado invadiu assentamento em Colniza nesta quinta-feira (20). A suspeita é de que os autores do crime sejam capangas de fazendeiros da região.


Pelo menos 7 pessoas foram assassinadas nesta quinta-feira (20) em um conflito por terras em um assentamento no município de Colniza, a 1.065 km de Cuiabá. De acordo com a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), um grupo encapuzado invadiu a área e teria assassinado adultos, idosos e crianças. Equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil se deslocaram para o assentamento.


A área chamada de Taquaruçu do Norte, segundo a Sesp-MT, fica a 250 km da cidade e é de difícil acesso. A estimativa da pasta é de que sete a dez pessoas tenham sido mortas no ataque.


Um helicóptero da secretaria com reforço policial seria encaminhado para o local do crime. Porém, por causa do mau tempo não decolou. A aeronave deve levar um delegado e peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).


A área fica em uma área de conflito agrário e, de acordo com a Sesp-MT, abriga cerca de 100 famílias. A suspeita é de que os autores do crime sejam capangas de fazendeiros da região.


Famílias em áreas de conflito

Um levantamento realizado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) apontou que 6.601 famílias de Mato Grosso moram em áreas de conflitos agrários. Os dados colocam o estado na 1º posição no ranking do Centro-Oeste e em 6º lugar no ranking nacional. Os números fazem referência aos casos ocorridos em 2016.


O maior número de famílias em locais de conflito em Mato Grosso, segundo a CPT, pertencem ao Parque Nacional do Xingu, nos municípios de Querência, Canarana e São Félix do Araguaia. São ao todo, 1.522 mil famílias.


De acordo com o coordenador da CPT Thiago Valentim, as áreas em disputa são em suas maiorias comunidades quilombolas ou áreas indígenas que perderam espaço para o latifúndio. "Historicamente, essas famílias e comunidades tiveram perda da terra para grandes produtores e fazendeiros", afirmou.

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