As famílias residentes nas localidades de Casseque I, II e III, no município do Huambo, vão beneficiar dentro de poucos dias de água canalizada e energia eléctrica, no âmbito do Programa de Investimentos Públicos do Governo da província.
A garantia foi dada ontem pelo secretário provincial do MPLA, João Baptista Kussumua, durante o acto político de massas realizado sábado na comuna Xavier Samacau.
“Os projectos constam das prioridades do Executivo, que visam a melhoria das condições sociais das populações nas ombalas, aldeias e bairros e aideia é expandir os serviços a todas as localidades do Huambo”.
Para além da construção de pontos de água potável, consta dos projectos do Governo provincial o alargamento da rede de distribuição de energia eléctrica aos bairros periféricos e localidades onde nunca existiram tais serviços.
“Com a construção destes equipamentos sociais, as populações vão deixar de consumir água dos rios evitando, deste modo, o surgimento de doenças causadas por consumo de água imprópria,” disse o primeiro-secretário do partido.
João Baptista Kussumua aproveitou a ocasião para exortar as populações a preservarem o património colocado à sua disposição para que tenha maior tempo de vida útil.
“Com estes projectos, o Governo pretende colocar os serviços essenciais básicos próximos das populações”, disse João Baptista Kussumua, que solicitou aos militantes, amigos e simpatizantes do MPLA a afluírem em massa aos postos de voto no próximo dia 23 de Agosto.Dados do sector de Energia e Águas indicam que na província do Huambo estão registados 163 sistemas de abastecimento de água canalizada, 381 chafarizes, 16 fontenários, 69 bicas e 1.384 manivelas.
Políticas sociais
A directora provincial da Família e Promoção da Mulher no Huambo defendeu a valorização da mulher e a criação de mais políticas sociais para às famílias, com vista a promover um ambiente salutar e de diálogo nos lares.
Frutuosa de Jesus, que falava na abertura da mesa-redonda sobre a Penalização ou Despenalização do Aborto à Luz do Anteprojecto do Código Penal, em alusão à “Jornada da Família”, disse ser fundamental continuar a realizar ciclos de reflexões, que coloquem à família no centro das atenções da sociedade. “Trata-se de uma questão controversa que divide a sociedade, por uns defenderem a penalização e outros a despenalização do aborto, principalmente em algumas situações concretas, como a gravidez decorrente da violação, a má formação congénita do feto e em casos que esta ponha em risco a vida da mãe”, considerou.
A mesa-redonda foi promovida pela Direcção Provincial da Família e Promoção da Mulher com objectivo de continuar a valorizar à família, promovendo os seus direitos e as suas responsabilidades, como pressupostos para o desenvolvimento humano sustentável, assim como a promoção de comportamentos adequados nas relações intra e inter-familiar.
Os participantes concluíram que o aborto, que pode ser espontâneo ou provocado, tem na sua origem fundamentos económicos, financeiros, sociais e familiares, com consequências como a infertilidade, infecções e hemorragias que podem levar à morte. Com base nisso, os participantes no encontro sugeriram que nos casos que colocam em risco a vida da mãe se deve afastar a ilicitude que penaliza a sua realização e, ao mesmo tempo, condenam a prática do mesmo por parte de uma mãe com a justificação de que a gravidez não foi planeada.
Como um fenómeno considerado difícil de eliminar, os participantes na mesa-redonda recomendam a promoção de mais palestras sobre educação sexual no seio das famílias, das igrejas, escolas e das comunidades e defenderam a conjugação de esforços de várias forças sociais no sentido de ajudar a sociedade a controlar o fenómeno da gravidez indesejada. O encontro juntou docentes universitários, directores provinciais, sociólogos, juristas, psicopedagogos e estudantes convidados.