Em território paquistanês vivem cerca de 1,4 milhão de cidadãos afegãos e cerca de 1 milhão habita terras iranianas. Estes locais de destino têm pouco reconhecimento e recebem cada vez menos apoio internacional, segundo o Acnur.
Uma parceria entre a agência e o Governo do Paquistão realiza uma reunião ministerial sobre o tema em Islamabad, na próxima semana. A ideia é lembrar aos representantes internacionais da situação vivida por milhões de afegãos refugiados.
O Afeganistão tem 35 milhões de habitantes. Um quarto deles são ex-refugiados que retornaram ao país nos últimos 18 anos. Mais de 1 milhão de afegãos ainda vivem como deslocados em terras do Afeganistão.
Asilo
O Acnur aponta como “uma tendência preocupante” que os afegãos sejam o maior grupo de requerentes de asilo na Europa. No total, cerca de 4,6 milhões de cidadãos deste país asiático vive no exterior.
A conferência internacional de 17 e 18 de fevereiro deverá destacar “a generosidade, hospitalidade e compaixão” dos países acolhedores da que é conhecida como “uma das maiores e mais antigas populações refugiadas no mundo”.
A agência revela ainda que esse evento será oportuno para promover solidariedade internacional e o compartilhamento das restrições para aliviar a pressão sobre países anfitriões e reintegrar refugiados afegãos em sua terra natal.
Para o Acnur, os esforços contínuos em prol de um acordo de paz no Afeganistão voltaram a dar esperança aos refugiados em relação a um possível retorno ao país. A agência pretende que a conferência do Paquistão seja um marco para essa fase.
Unama/Fardin Waezi Cidade de Gardez, província de Paktia, Afeganistão.