Exuberante parque Dinder do Sudão perde terreno pouco a pouco | Land Portal

Delimitado pela fronteira com a Etiópia, o parque nacional Dinder é conhecido por abrigar uma flora e uma fauna incomparáveis no Sudão, mas os guardas-florestais lutam diariamente para protegê-lo de quem deseja se apoderar de suas terras.

Dinder, o maior parque nacional do Sudão, com 10.000 km2, está localizado a 400 km da capital Cartum, entre os campos do Sahel e as florestas do parque nacional Altash da vizinha Etiópia. 

A savana e as regiões florestais estão repletas de lagos, constituindo uma rota muito importante para as aves migratórias. 

"O parque abriga a fauna mais rica do Sudão", afirma o diretor de desenvolvimento de Dinder, Albadri Alhassan. "Mas o número crescente de violações [das regras] por parte dos humanos ameaça esta biodiversidade", lamenta. 

O parque foi declarado reserva natural protegida sob a gestão anglo-egípcia em 1935, quando estava muito pouco povoado. 

No entanto, há várias décadas, a população das aldeias de Dinder disparou, desencadeando uma demanda crescente de terras para cultivos.

Seus pastos tradicionais se transformaram em campos, o que chamou a atenção dos fazendeiros para o parque, uma "ameaça imensa para a reserva", afirma Omar Mohamed, chefe do centro de pesquisa sobre a biodiversidade de Dinder. Por causa dessas intrusões, as girafas começaram a desaparecer, diz ele.

- Proteger um parque "imaculado" -Os moradores locais afirmam que fazem todo o possível para respeitar as restrições, mas a falta de terras cultiváveis é um grave problema para eles.

"Praticamos a agricultura tradicional e não deixamos que nossos animais pastem fora da aldeia", afirma Abubakr Ibrahim, agricultor de Mai Carato, uma cidade localizada na margem oeste do rio Rahad, que atravessa o parque.

Segundo ele, algumas normas são "muito rígidas e pouco práticas" e sua aldeia, de cerca de 2.000 habitantes, tem apenas 5 km2 de terras. 

"Não é suficiente! A reserva é grande, então nos darem mais espaço não fará mal a ninguém", insiste, indignado.

No entanto, "qualquer expansão prejudicaria significativamente a reserva, desequilibraria sua fauna e reduziria seus recursos", adverte Omar Mohamed. Segundo ele, seria melhor "deslocar essas aldeias para regiões mais conectadas e melhor equipadas". 

Apesar de todas essas ameaças, as hienas, os leões e as ginetas ainda são frequentemente vistos à noite, enquanto de dia os visitantes podem admirar os búfalos, as gazelas e as inúmeras aves.

A reserva permanece quase "imaculada e conseguiu manter sua biodiversidade", diz Omar Mohamed. "Tudo o que queremos é mantê-la como está". 

 

Copyright © da fonte (mencionado acima). Todos os direitos reservados. O Land Portal distribui materiais sem a permissão do proprietário dos direitos autorais com base na doutrina de “uso justo” dos direitos autorais, o que significa que publicamos artigos de notícias para fins informativos e não comerciais. Se você é o proprietário do artigo ou relatório e gostaria que ele fosse removido, entre em contato conosco pelo endereço hello@landportal.info e removeremos a publicação imediatamente.

Várias notícias relacionadas à governança da terra são publicadas no Land Portal todos os dias pelos nossos usuários, partindo de várias fontes, como organizações de notícias e outras instituições e indivíduos, representando uma diversidade de posições sobre cada tópico. Os direitos autorais estão na origem do artigo; a fundação não tem o direito legal de editar ou corrigir o artigo, nem endossar o seu conteúdo. Para fazer correções ou solicitar permissão para republicar ou outro uso autorizado deste material, entre em contato com o detentor dos direitos autorais.

Compartilhe esta página