Pnud São Tomé and Príncipe. São Tomé e Príncipe tem certificado biológico para 40% da produção atual vendida ao mundo
Parceria com Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, Cplp, pretende acelerar ambições do arquipélago para ter toda a produção orgânica; bloco lusófono quer viabilizar aliança internacional de sistemas alimentares até março de 2022.
São Tomé e Príncipe prepara-se para implantar uma agricultura que esteja certificada como inteiramente orgânica em todo o território nacional.
O país busca parceiros para garantir que os produtos cultivados ou acrescentados durante o processo obedeçam aos padrões estabelecidos para uma produção 100% biológica, disse o ministro da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural.
Oportunidades
Francisco Martins dos Ramos contou à ONU News, em Nova Iorque, que com o impulso à agricultura, o país também quer gerir um setor afetado pela perda de uma faixa equivalente a 4% da dimensão do território. O problema ocorreu com o avanço das águas do mar e outros efeitos mudanças climáticas.
“Sendo um país, o primeiro em África, com a superfície agrícola com maior percentagem sacrificada, o facto de aparecerem novas oportunidades no sistema de urbanização revela que há um mercado. Logo aí encontramos o balanço para a transformação de São Tomé e Príncipe em 100% biológico”.
O representante disse contar com a Cplp que promove uma coalizão internacional sobre sistemas alimentares para março de 2022.
Trampolim
O ministro explicou ainda que São Tomé e Príncipe tem certificado biológico para 40% da produção atual vendida ao mundo. Mas falta juntar as hortícolas ao cacau, café, pimenta, óleo de palma e de coco que já são exportados.
“E assim, esta coligação será um trampolim para o desafio que é enorme. Portanto, a partir daqui, pretende-se atingir outros patamares para nós podermos estar expostos a esse desafio. Com a riqueza na cabeça: não na terra, no céu e nem no mar, com o apoio da Cplp, nós já conseguimos instituir um centro de excelência em São Tomé.”
Para o ministro são-tomense, a parceria promovida pelas nações lusófonas é um meio para evidenciar o poder da união para que sejam criados sistemas alimentares mais eficientes.
Nas próximas duas décadas, São Tomé e Príncipe deverá chegar a 300 mil habitantes, um aumento de 50% do número da população atual.
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