Egito rejeita política de "facto consumado" da Etiópia sobre barragem | Land Portal
O Presidente egípcio rejeitou hoje a intenção da Etiópia de prosseguir com a segunda fase de enchimento da barragem no Nilo Azul, durante a primeira visita ao Sudão desde a destituição do antigo presidente Omar al-Bashir.
 
"Rejeitamos a política de impor um facto consumado e alargar o controlo sobre o Nilo Azul através de medidas unilaterais sem ter em conta os interesses do Sudão e do Egito", disse Abdel Fattah al-Sissi, numa declaração transmitida pela televisão sudanesa.

 

O chefe de Estado egípcio falava após conversações com o chefe do Conselho de Transição sudanês, o general Abdel Fattah al-Burhane, e o primeiro-ministro Abdullah Hamdok.

 

O Sudão, o Egito e a Etiópia estão em negociações há quase uma década sobre a gestão e enchimento do reservatório da Grande Barragem Renascentista no Nilo Azul, situada na Etiópia.
 
O Egito, que depende do Nilo para cerca de 97% da sua irrigação e água potável, vê a barragem como uma ameaça ao seu abastecimento.
 
O Sudão espera que a barragem regule as cheias anuais, mas receia que as suas próprias barragens possam ser danificadas se a segunda fase de enchimento for iniciada antes de se chegar a um acordo.
 
Adis Abeba, que anunciou em julho que tinha atingido o seu objetivo de encher a barragem durante o primeiro ano, diz querer continuar o processo quer se chegue ou não a um acordo.
 
O Egito e o Sudão "concordaram em reiniciar as negociações através de uma mediação quadripartida, incluindo a União Africana, as Nações Unidas, a União Europeia e os Estados Unidos (...) a fim de se chegar a um acordo antes da época das cheias", disse Sissi.
 
Esta visita a Cartum, a primeira do Presidente egípcio desde a deposição de Omar al-Bashir, em abril de 2019, surge num momento de esforços para fortalecer as relações Sudão-Egipto e no meio de tensões entre o Sudão e a Etiópia sobre uma região fronteiriça disputada.
 
Num comunicado emitido após as conversações, a presidência egípcia apoiou Cartum na disputa na região fronteiriça de Al-Fashaqa, onde os agricultores etíopes cultivam terras férteis reclamadas pelo Sudão.
 
"As recentes medidas tomadas pelo Sudão para estender a sua soberania sobre as suas fronteiras orientais com a Etiópia são consistentes com o cumprimento pelo Sudão dos acordos fronteiriços internacionais", disse o porta-voz da presidência, Bassam Rady.
 
Esta semana, oficiais superiores dos exércitos egípcio e sudanês assinaram um acordo de cooperação militar.

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